segunda-feira, 20 de março de 2017



Ela tinha uma liberdade tão grande em sua alma que até as borboletas queriam acompanhá-la. Ela tinha sonhos tão intensos como o céu em tardes de verão. Ela sonhava com alguém que chegasse em casa, visse o seu olhar e soubesse que a coisa que ela mais queria naquele momento era um abraço que curasse as dores. Ela sempre quis tocar o céu e desenhava em seus quadros a mais pura ilustração do seu ser. Ela era mulher. Não. Ela era menina. Ela tinha a menina dos olhos na palma da mão. Ela cantava com os pássaros e iluminava onde passava. Ela era cheia de cor, parecia um arco-íris. Ela queria tomar café no campo num dia de domingo. Ela sonhava sem parar. Ela dormia e acordava com a brisa leve sobre seu rosto. Ela era abençoada, era tão querida. Ela pegava todas as pedras do caminho e colocava em sua bolsa, pesada. Ela gostava de ler livros, tinha a pele macia e sua pele exalava o perfume da paixão. Ela era apaixonada pela vida, ela era feliz e não se perdia por pouco. Ela queria ser espelho da alma de alguém, ela era intensa, ela era doce, no fim das contas, ela levava em seu peito o desejo de ser AMADA. Ela também era caçadora de SONHOS.


 (Vitor Ávila)

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