TRAGO EM MIM
Em mim
Trago a leveza singular
De uma alma despida de ódio ou rancores,
A ternura dos detalhes, dos pormenores,
De quem vive exacerbado de tanto sentir.
Trago rascunhos,
Esboços de livros que nunca escrevi,
Caminhos novos por descobrir,
Momentos de uma fome por saciar.
Trago apenas quem e o que me acrescenta,
sonhos em branco por pintar.
Trago beijos e abraços
para a troca como se fossem cromos,
Sentimentos que não se esgotam
Por mais que sejam partilhados.
Trago a intensidade
De tudo o que faz o meu coração bater,
Do que me seduz, arrepia ou provoca,
Do que me faz reerguer depois de cada queda,
Que me faz amar sem dar tréguas.
Trago a sede
da água que se bebe na fonte,
O sorriso genuíno de quem já chorou tanto.
Trago flores
em forma de versos,
O perfume das memórias boas,
E um Presente por viver agora,
Que não quero desperdiçar
À falta de uso.
(Miguel Angelo Teixeira)
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