terça-feira, 20 de julho de 2010


O vento sopra em meu ouvidos sons estranhos,
Sons que não consigo identificar.
Parecem vir de um lugar longínquo
Perdido no tempo,
De um tempo de outrora,
Jamais apagado,
Apenas guardado num sítio sem fim.
Onde o ontem não existia
E o hoje apenas nascia para nós.
Estes sons que agora oiço,
Parecem lamentos de velhos fantasmas
Que chegam para me assombrar.
Algo que ficou por fazer ou dizer,
Palavras nunca antes pronunciadas
Que retornam em forma de uivos
Trazidos pelo vento.
Sons que não conheço,
Mas que me fazem chorar:
Pois sinto que neles existe algo de mim
Que há muito se perdeu,
E que jamais poderei recuperar!
E o vento continua a soprar….a soprar!
 
(Fanny Marques)

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