domingo, 8 de junho de 2025

Tem alma que parece casa, onde a gente quer morar. Colo que representa abrigo e oferece toda a segurança do mundo. O melhor disso é saber que, quando há sintonia, não é preciso pedir nada—acontece naturalmente. Tem gente que nos enxerga para além do que os olhos podem ver, que sente todo o nosso ser. Gente que é, que fica e que sempre estará dentro da gente.
( Vitor Ávila ) 

quarta-feira, 21 de maio de 2025

"Às vezes, dá vontade de sentar à beira do caminho e por ali ficar, até que os ventos mudem, até que as nuvens chorem, até que a dor passe. Sei que, às vezes, dá vontade de abandonar o barco, engavetar os projetos, esquecer os sonhos, porque o tempo é difícil demais. Porque, muitas vezes, a vida atravanca, se perde num labirinto, pesa, machuca os ombros. Mas sei também que, muitas vezes, é preciso retroceder pra respirar, olhar de longe o que de perto não se vê, ganhar fôlego pra caminhar mais um tanto.
O tempo não para, mas é preciso vagarosas pausas pra aliviar a alma e descansar o coração. " 
Já 
 Eunice Ramos.

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sábado, 26 de abril de 2025

Nem sempre o que deixa de existir deixa de estar. 
Às vezes, deixar de existir é apenas outra forma de estar. 
É como a chuva. Ao parar de chover, 
a chuva deixa de existir como chuva, 
mas a sua água infiltrou-se nos campos e regou as flores 
e juntou-se ao leito dos rios como memória da chuva 
que um dia será novamente. 
Nem sempre o que deixa de existir deixa de estar. 
O corpo das coisas que habitam o mundo pode morrer e pode desaparecer da nossa vista, mas nunca morrerá aquilo que nos habita e o coração não precisa de ver para crer. 
Deixar de existir não é deixar de estar presente. 
Há coisas e pessoas que foram e que nunca deixarão de ser. Mesmo que os seus passos deixem de se ouvir e que o seu olhar deixe de cair sobre o nosso como a chuva quando chega o tempo de parar de cair, já o som desses passos e a luz desse olhar se infiltraram em nós e somos nós esse leito de que o nosso amor é feito. 
Não faz mal que a chuva deixe de ser chuva quando permanece naquilo que regou.
 
(Elidabete Bárbara) Lado a lado
“Há uma espécie de tristeza que surge quando você sabe demais, quando vê o mundo como ele realmente é.
É a tristeza de compreender que a vida não é uma grande aventura, mas uma série de pequenos e insignificantes momentos, que o amor não é um conto de fadas, mas uma emoção frágil e passageira, que a felicidade não é um estado permanente, mas um vislumbre raro e fugaz de algo a que nunca poderemos nos agarrar.
E nessa compreensão há uma profunda solidão."

(Virgínia Woolf)

sexta-feira, 25 de abril de 2025

"Outro dia, eu li que é muito caro perder aquilo que não tem preço. E, se eu pudesse te dar um conselho, seria esse: diga o que sente. Abrace quem você ama. Abrace forte. Ligue. Fale, verbalize, demonstre. A gente acha que tem todo o tempo do mundo, mas não tem. Amanhã, tudo pode acabar. 
Amanhã, a pessoa mais importante da sua vida pode desaparecer para sempre, e as palavras ficarão perdidas num lugar onde nem a saudade alcança. Diga o que sente. Não tenha medo de falar. Não tenha medo de demonstrar amor. 
Não tenha medo de mostrar que gosta. Não deixe de fazer o possível para manter perto quem você quer perto. A vida da gente é muito frágil. E repito: é muito caro perder aquilo que não tem preço ...!"

(Edgard Abbehusen) 

 

❤️‍🩹

quinta-feira, 24 de abril de 2025

“Definir saudade? Não consigo. É dos sentimentos mais avassaladores que existem. Como se descreve o vazio? O silêncio? A ausência? O pedaço de nós que se ausentou?
Saudades não é só sentir falta de alguém. É sentir a falta de alguém em nós. Dentro de nós. É ter saudades de nós com alguém. É o estar por estar, e o ser por ser.
Como se traduz em palavras aquilo que a saudade corta sem nada nos tocar. Que fere. Que magoa. Que esvazia. Que ecoa. Que enlouquece.
Nada disto se assemelha à saudade que sinto. São pequenas as palavras que a descrevem.
Definir saudade? Não me é possível. Talvez por a sentir tão em mim. Talvez porque me toque na pele todos os dias. Saudades. Infindas. Sempre!”

(Rita Leston)